aquário ornamental - por marina milos


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MAIS SALAMANDRAS... (09/09/2004)


Há anos e anos as salamandras continuam desovando entre a primavera e o verão, mas devido ao meu trabalho, tenho perdido constantemente esses momentos familiares e, pior do que isso, todas as crias da desova, que eu nem vejo se chegaram a nascer... :-( Agora as salamandras já estão comigo há 17 ou 18 anos (desde 1986/87) e só agora eu percebi a necessidade de priorizar a família, de forma que desde o ano passado me retirei, temporariamente, da vida comercial, e vim passar mais tempo com meus bichos; o resultado disso... todas as fotos dessa página são da minha família, e nem teve espaço pra todo mundo!

filhote de salamandra com 1 mês

Falando sério, a desova 2003/2004 foi um sucesso, uns 15 ovos. Infelizmente, perdi uns 6 para os fungos, mas muitos nasceram. A desova começou em outubro, e foi até fevereiro. Eu ainda não disse, mas o pai da desova é outro, inclusive parece de outra espécie, a barriga é mais laranja, e de cor espalhada de forma mais homogênea. O pai da cria de 89 fugiu e morreu há 5 ou 6 anos, o mesmo fim que teve um fihote que eu ainda criava da mesma época. Abaixo, foto do filhote que puxou a barriga do pai, e ao lado, a mãe, Maligna (vem desde a época que passava Sheera na TV!)

salamandra juvenil

salamandra fêmea adulta

embriões de salamandra

Como os ovos são gelatinosos (veja foto acima), os fungos são um problema sério. Veja aqui uma foto com dois ovos, o da esquerda, íntegro, mas o da direita, esbranquiçado, atacado por fungos. Atualmente, eu mantenho as salamandras em aquários sem filtragem, e acredito que isso possa ter ajudado os fungos; para a primavera desse ano (espero ter a oportunidade de acompanhar mais uma desova) vou montar um aquário com filtro biológico e talvez um pequeno filtro externo com carvão ativado.

Salamandra juvenil com 7 meses

Salamandra recém-nascida

A foto logo acima é de um filhote recém nascido. Os recém nascidos foram alimentados com alevinos de artêmia, e também com aquelas minhoquinhas brancas, de terra; acho que se chamam enquitréias. Depois de nascidos, eu não perdi nenhum filhote; todos os problemas se concentraram nos ovos. Além do fungo, uma outra coisa estranha que acontecia era o filhote não conseguir se soltar da gelatina do ovo, e morrer preso; dois morreram assim, o terceiro, eu consegui salvar pegando o problema na hora certa, e abrindo o ovo com uma agulha para o filhote "escapar". Ah, mais um detalhe novo: a desova desse ano ocorreu exclusivamente em plantas artificiais, e parece que isso não fez diferença, a não ser que o fungo também possa atacar mais fácil em plantas plásticas, já que as salamandras não conseguem dobrar as folhas, formando um casulo ao redor dos ovos.

Na foto abaixo, a direita, vemos 3 embriões, em diferentes fases do desenvolvimento, ainda dentro dos ovos: o de cima, nascendo, o do meio, em estágio mais avançado do desenvolvimento, e o de baixo, ainda "desenrolando".

ovos de salamandra

Larva de salamandra

Em leituras posteriores sobre crescimento e reprodução de salamandras eu descobri que a maior parte das espécies é de regiões temperadas do globo, e necessita de um inverno bem frio, quando elas hibernam, para desencadear o processo de reprodução. Além disso, a maioria dos autores cita como temperatura máxima para mantê-las 25 ° Celsius. Existem muitas espécies de salamandras e a postura varia bastante entre elas. A parte a necessidade da sazonalidade para a reprodução, a maioria das espécies se reproduz com certa facilidade em cativeiro. Elas também variam bastante por algumas espécies serem principalmente terrestres, enquanto que outras praticamente não saem da água.

filhote de salamandra

Acima vemos um filhote cercado de artêmias vivas, e um caramujo. Como a artêmia viva vem do mar, e a salamandra é um bicho tipicamente de água doce, acredito que essa não seja, nutricionalmente, a melhor alimentação, mas, sinceramente, nunca notei problemas. Agora que os filhoes estão maiores tenho alimentado com minhocas e tubifex, os quais eles estão pegando fora da água, diretamente da ponta da minha pinça. Clique aqui para ver o vídeo de um filhote caçando (é necessário suporte ao flash player).

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